sexta-feira, maio 11, 2012

Visita ao Aqueduto


Sábado, 5 de Maio de 2012

Mens sana in corpore sano !

Desta vez decidimos fazer exercício ao cérebro. Deixámos a corrida, o suor, o cansaço e quiçá, as bolhas nos pés e fomos desenvolver o "músculo" cerebral indo visitar o Aqueduto das Águas Livres sobre o vale de Alcântara, em Lisboa.

O Aqueduto visto de Monsanto


Fomos apenas um grupo de 30 pessoas, o máximo permitido para uma visita com guia. A chuva deu tréguas e foi uma manhã bem passada.


Profissionais da UCIN, amigos e familiares


Deixamos-vos então um pouco do que aprendemos.







Ouvir a história


O Aqueduto consiste num sistema de captação e distribuição de água à cidade de Lisboa. Foi construído durante o reinado de D. João V. Resistiu ao terramoto de 1755 e foi desativado em 1967. Este sistema de distribuição de água possui 58 km na sua totalidade e recolhe água de 58 nascentes.

A ideia de fornecer água à cidade de Lisboa através de um sistema de distribuição, surge por volta de 1571. Em 1729, na dinastia filipina, inicia-se o plano de construção, mas só em 1740 é que começa a ser construído o Arco Grande. Este arco mede 65 mt de altura e dista 29 mt entre os pegões, sendo o maior arco ogival do mundo.







O Aqueduto sobre o vale de Alcântara fica terminado em 1748, com 941 m de comprimento, 21 arcos de volta perfeita e 14 centrais em ogiva, transportando 1300 m3 de água. Os quatro homens que marcaram a construção desta imponente obra, foram António Caneveri (Italiano), Manuel da Maia, João Frederico Ludovice (Alemão) também conhecido pela construção do convento de Mafra e Carlos Mardel.



Por onde corria a água…

Para além de permitir o fornecimento de água à cidade de Lisboa, o Aqueduto permitia a passagem da população entre Lisboa e Monsanto e vice-versa. Para isso, ao lado da galeria por onde circulava a água, foram construídos dois passeios, que se ligavam entre si por lanternins, permitindo assim a inversão do sentido.

Tão famoso como o Aqueduto ficou o maior criminoso da cidade de Lisboa, conhecido como o Pancadas, de seu nome Diogo Alves, um espanhol nascido na Galiza. Este mestre em assaltos e crimes hediondos, assaltava os transeuntes que se deslocavam ao longo do aqueduto. Depois de cometer o assalto e para não deixar testemunhas, atirava as vítimas do alto do aqueduto. Pois é, o crime não compensa e Diogo Alves foi apanhado, preso, julgado e condenado à morte e enforcado em 1841, sendo um dos últimos condenados à morte. Os cientistas da época ficaram fascinados com o comportamento do criminoso e guardaram a sua cabeça em formol para a estudarem, estando exposta na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.  Instituto de Medicina Legal de Lisboa.

Depois de ouvirmos esta história, regressámos a Lisboa com mais cuidado não fosse algum fantasma saltar das galerias.
A vista é agradável e arejada e é um bom local para conhecer um pouco da história de Lisboa. Quando puderem … mas cuidado com o Diogo Alves.

Da UCIN (UCERN)

Um abraço e até breve com mais uma crónica.

Fátima Sousa

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