terça-feira, dezembro 30, 2008

Natal no Hospital

Olá, chamo-me Patrícia e sou a mãe da "Teresinha" Borges.
Quero falar sobre a minha experiência do Natal no Hospital de Santa Maria e, mais concretamente na Unidade de Neonatologia.
O meu primeiro Natal no Hospital vai ser sempre recordado como o Natal da saudade. Foi o último Natal da Dra. Ofélia na Unidade, porque no ano seguinte reformou-se e, foi o Natal em que senti mais Amor e mais proximidade entre as pessoas e, menos aos bens materiais.
Devo confessar que nesse ano só fiz a árvore, porque as "tias" da Neonatologia insistiram muito e mostraram-me que havia Mundo para além da porta da Unidade e, que tinha mais um filho que precisava de mim.
Cm elas cresci e aprendi que tudo se consegue desde que haja Amor, Carinho e muita Força de Vontade.
A época natalícia no Hospital, para nós pais, não é fácil, porque é uma época em que as emoções estão exacerbadas, a euforia reina e os excessos também, é a época da família e quando temos um filho no Hospital todos esse valores ficam ainda mais acentuados, a Família. Mas logo descobrimos que família são todas aquelas pessoas que nos acarinham, que nos apiam, que nos dão força e que acima de tudo, quando precisamos têm sempre a palavra certa na hora exacta.
Pode parecer estranho, mas sinto falta desse calor, desse carinho.
Dou por mim muitas vezes a lembrar pequenas situações, pequenas conversas, pequenos mimos! Sinto falta.
Cresci a duras penas, devido ao internamento prolongado da Teresa e, a todas as cirurgias a que foi submetida, mas hoje tenho a certeza que muito desse crescimento se deveu a todas as pessoas que se cruzaram no nosso caminho, nesses quase 2 anos de internamento e, que a corrente teve início nos 7 meses, quase 8, de Neonatologia.
Obrigada a todas vós e desejo-vos em dobro todo o Amor, Carinho e Amizade que nos têm dado ao longo destes 4 anos de vida da Teresa, porque apesar de já não estar internada continuamos sempre a lembrar-nos e a fazer questão de vos mostrar a evolução deste pequeno ser que teve o seu início de vida atribulado na Unidade de Neonatologia
Para si, querida Dra. Ofélia, onde quer que esteja, a sua menina acredita que a Dra. é o seu Anjo da Guarda e sempre que olha para o céu, diz que a estrelinha mais brilhante no firmamento é a tia Ofélia!

Patrícia Borges

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado pelas suas palavras! Partilho das suas palavras pois o verdadeiro espírito do Natal, está muito mais na proximidade entre as Pessoas e nos sentimentos do que nos bens materiais! Desejo à Teresa e Família, um Ano Novo que prolongue o Natal e vos proporcione tudo de bom!