quarta-feira, setembro 19, 2007

Em memória da Dra. Ofélia

No dia 14.09 soube do falecimento da Drª. Ofélia e, nesse momento, apoderou-se de mim uma profunda tristeza como se tratasse de alguém que conhecia bem ou que alguma vez tivesse prestado cuidados aos meus filhos enquanto permaneceram na UCERN. Nem uma coisa nem outra. Quando lá estive, fui apenas uma sua observadora atenta. Comungo do sentimento dos que viam nela uma "força viva do exercício da medicina", direi mesmo, dos que viam nela "o rosto da Medicina". Era uma mulher aparentemente "mal-humorada", no que percebi ser o seu modo de se proteger das " fitas " dos adultos para se entregar completamente aos "seus meninos". Os mimos eram sempre para eles... cheguei a ouvi-la falar e, vendo que ninguém estava à beira dela, "dialogava" com o pequenito de quem cuidava no momento. À vista de todos era, sem margem para dúvidas, uma Médica obstinada em agarrar aqueles pequenitos à vida. Dizem-me que alguns lhe devem a vida. Acredito que serão mesmo muitos. À Drª. Ofélia foi dado o dom do exercício da Medicina... ironia do destino, aquela que lhe faltou quando ela mais precisou... Onde quer que esteja, o meu desejo é o de que descanse em paz.

Lurdes Silva



segunda-feira, setembro 17, 2007

8ª Meia/Mini Maratona de Portugal


8ª Meia/Mini Maratona de Portugal e a Unidade de Neonatologia do
Hospital de Santa Maria


16 de Setembro de 2007
Ponte Vasco da Gama


No rescaldo da minha primeira Meia Maratona e ainda com os músculos muito doridos, gostaria de escrever algumas palavras sobre mais este evento desportivo com a participação de um grupo da Unidade de Neonatologia do HSM.

Primeiro: dizer que este ano, as nossas melhores expectativas foram largamente ultrapassadas: se o nosso objectivo eram as 200 inscrições, e já assim teríamos ficado muito contentes, a partir de certa altura percebemos que iríamos ultrapassar este número; por isso, tivemos que mandar fazer mais 50 t-shirts para que todos (250) pudessem “vestir a nossa camisola”!

Segundo: tivemos mais patrocinadores em relação ao ano passado, a quem agradecemos, pois foram eles que “financiaram” esta nossa aventura. Este ano, depois de pagas as t-shirts, conseguimos ainda “amealhar” cerca de 1100 euros, o que não sendo uma fortuna, é um pedacinho que premeia o nosso esforço e que reverterão para os “nossos” meninos (aquisição de algum equipamento). Às empresas BES, Milte, Delta Cafés, Pulmocor e Vygon, o nosso Muito Obrigado!
Uma palavra também de agradecimento, ao Maratona Clube de Portugal que amavelmente, nos fez um desconto nas inscrições.

Terceiro: um agradecimento para três pessoas (três super-mães que tiveram os seus filhos na nossa Unidade) e que deram também o seu contributo à nossa iniciativa: Cristina (no design gráfico); Lígia (pela sua capacidade de mobilização de amigos e conhecidos e pela sua ajuda na logística) e à Lurdes (com um donativo). A elas, o nosso Muito Obrigado!

Quarto: uma palavra para todos aqueles, que numa manhã de domingo (mais apetecia ficar na cama!) tiveram a vontade de se juntar a esta grande equipa (que cresce de ano para ano) e que já extravasa as paredes da Unidade de Neonatologia: eles deram o seu contributo e o seu esforço, caminhando ou correndo e divulgando a nossa mensagem. Desejamos que tenham tido uma manhã muito divertida e “mais ou menos” desportiva (para o ano há mais, e por isso, vamos lá treinar!). Para TODOS eles, o nosso Muito Obrigado!


Parte da nossa grande Equipa

Finalmente, e ainda que tenha havido alguns pequenos “percalços” nestes últimos dias que antecederam a corrida, estou muito feliz porque mais uma vez, tivemos a capacidade de sonhar e de organizar esta nossa participação e de mobilizar pessoas de boa-vontade.

Pessoalmente, foi a concretização de correr uma Meia Maratona, um desejo acalentado e preparado desde há já alguns meses, e a alegria de ter cortado a meta com alguma “frescura”, o que me faz já pensar na próxima corrida. O meu muito obrigado ao António, meu companheiro de corrida e que me ajudou com os seus conselhos e incentivos, a terminar esta corrida!
Aos outros colegas da Meia Maratona e que representaram a Unidade (fomos 10), obrigado pelo vosso esforço e para o ano, lá estaremos (porventura ainda com melhores resultados)!

Graça Roldão

domingo, setembro 16, 2007

Uma grande Saudade por uma grande Mulher, Dra. Ofélia Guerreiro

Quando a Teresa nasceu, pouco tempo depois comecei a ouvir falar de uma Dra., que era um "espectáculo" com os miúdos, mas que todos tremiam ao ouvir falar no seu nome.

Lembro-me de ouvir dizer que o sossego estava a acabar, porque a Dra. Ofélia estava a chegar de férias.

Quando a via pela primeira vez a entrar na Unidade, qual "furacão", a perguntar pelos "seus meninos" tremi.

Cedo comecei a admirá-la, não sou pelo empenho e carinho que tinha pela minha Teresinha, mas por ver que nada detia a sua vontade.

Lembro-me da única vez que teve de me chamar à razão.

Começou por me dizer, como se fosse a coisa mais natural do Mundo para uma mãe, que a minha filha se calhar teria de fazer uma traqueostomia, pôr um botão e eu entrei em pânico.

Teve de me pôr na linha e acalmar.

Lembro-me de a Teresa já não estar na Unidade e ter uma reacção alérgica ao glúten e eu pedir a juda à Dra. Ofélia que correu para o Piso 8, Cirurgia, e pôs toda a gente a mexer. Não que naquele serviço não estivessem a tratar bem da Teresa, mas eu sabia que a Dra. Ofélia resolveria tudo num instante.

Sei também que por vezes tinha de se refrear nos cuidados aos "seus meninos", depois destes sairem da Unidade, porque era uma Pessoa que pela sua persistência e querer não via os seus intentos serem bem interpretados.

Sinto falta de lhe ligar, de dizer como está a Teresa, de lhe pedir um conselho, mas sobretudo da pessoa extraordinária que a Dra. Ofélia era.

A Teresa esteve muito tempo internada na Unidade, até ser transferida para o Serviço de Cirurgia Pediátrica, Piso 8, e a Dra. Ofélia fazia questão de a estimular muito. Dizia-me para lhe arranjar argolas, para que ela começasse a transferir objectos, mas não podiam ser umas argolas quaisquer, tinham de ser umas com determinado espessura, que era para a Teresa poder aprender. Assim que acabava de me falar das argolas lá ia eu ao Colombo à procura das argolas e, de tudo o que a Dra. Ofélia me dissesse que fazia bem à minha menina.

Só assim a Teresa tem a força que tem, a garra, a genica, o espírito.

Se a pudesse ver agora Dra. Ofélia não larga a chucha à noite, para dormir, por nada. Tanto que batalhou para que ela se habituasse à chucha para ter um pequeno consolo que resultou, adora água, leite, tudo aquilo que a Dra. Ofélia insistia para que eu lhe desse, porque era bom para ela.

Adorei conhecê-la e nunca a vou esquecer e farei com a Teresa saiba quem foi a grande médica, que tanto lutou por ela, que percorreu quilómetros nos corredores do Hospital de Santa Maria, porque queria que determinado exame fosse feito por aquele médico/técnico específico, que a agraciava todos os dias de manhã com um sorriso, que nunca ia para casa sem "conversar" com ela, dizer-lhe !Até amanhã".

Até sempre Dra. Ofélia!

sábado, setembro 15, 2007

A Dra. Ofélia e o meu percurso na Neonatologia…

Ainda trabalhava na Pediatria 6 do Hospital de Santa Maria e já ouvia falar na Dra. Ofélia Guerreiro! Parecia ser uma figura quase incontornável da Pediatria, neste caso da Neonatologia. Contudo, durante estes anos, a nossa ligação ficou por aqui: somente uma figura de que falavam com um misto de respeito e por vezes, de quase “temor”!

Depois destes tempos e ultrapassados aqueles “temores” iniciais, fui conhecendo devagarinho esta Pessoa fascinante que aprendi a respeitar e a admirar, pelo seu espírito pioneiro (não esqueçamos, o muito que fez pela Neonatologia no Hospital de Santa Maria), pela sua capacidade de trabalho, pela sua persistência (quase teimosia, às vezes! mas ainda bem que assim era!) na resolução dos problemas dos “seus meninos” (tocava-me profundamente a sua faceta protectora, de ajuda aos mais desprotegidos, aos mais necessitados…), pelo seu humor subtil, pela sua inteligência e também, pelos nossos “pequenos” conflitos alguns deles, motivados pelo imperativo de tudo fazer pelos “seus meninos”, cuja prioridade era o “já agora”!

Recordo a sua entrada de manhã na Unidade, que às vezes mais parecia um “furacão”, olhando para um e outro lado, indagando pelos “seus meninos” e desde logo, pondo em agitação a Unidade. Acabava-se o “descanso”! Mas era também quem estava a nosso lado, nas nossas inquietudes, nas nossas dúvidas, e sobretudo, sempre disponível e incansável para atender a “tudo e a todos”!

Estes últimos anos, pela maior proximidade e também pela amizade que fomos construindo, tornaram a Dra. Ofélia uma Pessoa que marcou indelevelmente o meu percurso profissional e a minha história de vida! Mais do que tudo, sinto-me privilegiada por ter trabalhado a seu lado e porventura, por ter conquistado um pedacinho do seu imenso coração!

Graça Roldão

quarta-feira, setembro 12, 2007

Madalena e Afonso

Olá, a todos as tias aqui estamos nós os gémeos Pires, grandes e com saúde, a agradecer a todas o carinho e amor que nos deram durante a nossa estadia, nesse cantinho muito cheio de emoções diversas para os nossos pais...

Beijos para todas, mas um muito grande envia a Madalena para a Enf. Neusa pelo carinho e amor dado a esta princesa...

Madalena e Afonso

Gémeos Azevedo – Martim e Lourenço

Olá a todos

Somos os pais dos gémeos Azevedo – Martim e Lourenço – e aqui vos enviamos algumas fotos dos nossos filhotes para verem como eles estão a crescer bem, muito bem mesmo, graças a Deus e aos cuidados que vocês tiveram com eles. Comem muito bem, especialmente o Lourenço que até chora entre duas colheres de papa, e agora (com 5 meses) o Martim tem aproximadamente 7.300 kg e o Lourenço 6.900 kg.

São muito bonzinhos, dormem muito bem de noite mas de dia gostam mesmo é de estar acordados e rodeados de atenções. Já fazem muitas gracinhas e o Martim adora estar de pé.

Brevemente enviaremos algumas fotos para publicarem, se quiserem, e uma mensagem que andamos a escrever no pouco tempo livre que eles nos dão. :)

Dos pais babados um obrigado do tamanho do mundo

Teresa e Zé Carlos Azevedo Pereira

Carolina e Dinis

Só queriamos enviar uma foto para verem como estamos grandes e bem graças a vocês todos.

Um grande bem haja e muitos beijinhos do fundo do coração.

Carolina e Dinis


quarta-feira, setembro 05, 2007

Há 9 anos atrás

Olá, sou mãe de uma prematurinha que nasceu em gaia com 23s5d.

Há 9 anos atrás nada disto existia, pelo menos eu não conhecia, e digo do fundo do coração que precisei muito de ajuda, pois a esperança de vida da minha Ritinha era nula, queria chorar e desabafar com alguém que me compreendesse e não conseguia encontrar, mas agora finalmente posso me libertar de alguns fantasmas, pois só falando no meu problema é que ele se tornou menos importante.

BJs para vc, encontramo-nos na corrida dia 16

Ilidia

sábado, setembro 01, 2007

Obrigada Dra. Ofélia

A si, minha querida Dra. Ofélia, devo a minha VIDA.

Obrigada,

Teresinha Borges










(Tirada em Setembro de 2005)