Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanhe ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Olá, chamo-me Patrícia e sou a mãe da "Teresinha" Borges.
Quero falar sobre a minha experiência do Natal no Hospital de Santa Maria e, mais concretamente na Unidade de Neonatologia.
O meu primeiro Natal no Hospital vai ser sempre recordado como o Natal da saudade. Foi o último Natal da Dra. Ofélia na Unidade, porque no ano seguinte reformou-se e, foi o Natal em que senti mais Amor e mais proximidade entre as pessoas e, menos aos bens materiais.
Devo confessar que nesse ano só fiz a árvore, porque as "tias" da Neonatologia insistiram muito e mostraram-me que havia Mundo para além da porta da Unidade e, que tinha mais um filho que precisava de mim.
Cm elas cresci e aprendi que tudo se consegue desde que haja Amor, Carinho e muita Força de Vontade.
A época natalícia no Hospital, para nós pais, não é fácil, porque é uma época em que as emoções estão exacerbadas, a euforia reina e os excessos também, é a época da família e quando temos um filho no Hospital todos esse valores ficam ainda mais acentuados, a Família. Mas logo descobrimos que família são todas aquelas pessoas que nos acarinham, que nos apiam, que nos dão força e que acima de tudo, quando precisamos têm sempre a palavra certa na hora exacta.
Pode parecer estranho, mas sinto falta desse calor, desse carinho.
Dou por mim muitas vezes a lembrar pequenas situações, pequenas conversas, pequenos mimos! Sinto falta.
Cresci a duras penas, devido ao internamento prolongado da Teresa e, a todas as cirurgias a que foi submetida, mas hoje tenho a certeza que muito desse crescimento se deveu a todas as pessoas que se cruzaram no nosso caminho, nesses quase 2 anos de internamento e, que a corrente teve início nos 7 meses, quase 8, de Neonatologia.
Obrigada a todas vós e desejo-vos em dobro todo o Amor, Carinho e Amizade que nos têm dado ao longo destes 4 anos de vida da Teresa, porque apesar de já não estar internada continuamos sempre a lembrar-nos e a fazer questão de vos mostrar a evolução deste pequeno ser que teve o seu início de vida atribulado na Unidade de Neonatologia
Para si, querida Dra. Ofélia, onde quer que esteja, a sua menina acredita que a Dra. é o seu Anjo da Guarda e sempre que olha para o céu, diz que a estrelinha mais brilhante no firmamento é a tia Ofélia!
Eu sou o Martim,mais conhecido pelo bébé Elisabete nascido a 7 Dezembro 2004 de 28 semanas c/1180Kg.
Além de ter nascido prematuro nasci c/ um problema chamado "hidronefrose",ou seja um problema na uretra,logo após ter nascido tive um catetare directo á bexiga ao qual rejeitei por duas ou tres vezes , a Drªa CECILIA MONTEIRO decidiu algaliar-me, que correu bem,mas com algumas "partidas" pelo meio.
No entanto,aproveito para v/agradecer do fundo do meu coração e dos meus PAIS e IRMÂ todo o v/apoio e carinho para comigo.
Hoje estou de PARABÈNS pois faço 4 ANOS de VIDA ao qual sem VOCÊS não seria possivel!!!!!!!!!!!!!
Assim sendo,e com tudo que passei nos momentos que partilhei convosco "AGARREI-ME E LUTEI "pela minha vida,para hoje poder estar presente c/os meus Pais e Mana a enviar este e-mail.........
Envio em anexo algumas fotos da minha FELICIDADE E AGRADECIMENTO PARA COM TODOS VÓS.
MAIS UMA VEZ UM MUITO OBRIGADO,
Desejo-vos todas a felicidades do Mundo,pois não imaginam a felicidade que n/conseguem transmitir.........
é com muito Amor que vos deixo mais uma fotografia. Continuem com o bom trabalho e mantenham o site para que possa deixar aqui o relato do meu crescimento e, para que todas as tias que não tenho visto, possam ver na menina que me tornei depois de um começo complicado!
A meteorologia adivinhava chuva para domingo, 28 de Setembro, mas admiravelmente “os deuses estiveram connosco” e com muitas centenas de atletas (cerca de 19 000), que se reuniram mais uma vez, para correr ou caminhar na Ponte Vasco da Gama até ao Parque das Nações e tivemos assim, um dia com Sol (e também com algum vento, sobretudo em cima da Ponte) radioso, tal como o nosso entusiasmo!
Este ano, e pela 3ª vez, voltamos a reunir uma imensa multidão de “rosa” (inscrevemos 368 atletas, dos quais 38 crianças – a mais pequena com 22 meses- e 24 atletas na Meia Maratona). Foi muito além das nossas expectativas e quando começamos a pensar na logística que é, inscrever e sobretudo, “carregar” todo este material para a Unidade, então aí, começamos a sentir o “peso” e a responsabilidade desta Mini/Meia Maratona!
Claro que como sempre, contamos com a ajuda de muitas pessoas que ao longo destes meses de preparação, colaboraram connosco e se disponibilizaram para nos ajudar. Este ano, contamos com a colaboração particular dos pais Lousada que cederam os “direitos de imagem” do Rafael e do Guilherme, cuja fotografia brilhou na nossa t-shirt e que levaram com eles, uma vasta claque; a Cristina, pelo seu trabalho na criação das imagens para a t-shirt; a Lígia que mais uma vez, angariou uma equipa de 66 participantes e ao seu pai que nos ajudaram a transportar o material da corrida e com os nossos patrocinadores (Angelini, Wheyth, Milte, Pulmocor, Vygon e Abbott) que nos apoiaram neste evento desportivo.
Mas, voltando à Corrida, começamos cedo a reunir junto à Gare do Oriente, e pouco a pouco, foi-se juntando uma imensa “mancha de t-shirts rosa”, que não passou despercebida aos olhares “menos” atentos. De tal forma, que fomos contactados pela Rádio Renascença e até tivemos oportunidade de dar em directo, uma pequena entrevista sobre a nossa iniciativa!
O tempo ia passando, os mais atrasados foram chegando, e lá nos conseguimos reunir para a fotografia de Grupo que fica para mais tarde recordar este dia fabuloso!
Os manos Lousada (Rafael e Guilherme) também lá estiveram para nos desejar uma boa Corrida mas este ano, ainda não foram connosco!
Pouco a pouco, em pequenos grupos, lá fomos indo para os autocarros que nos levaram para cima da Ponte.
Finalmente a Partida e lá fomos nós, enfrentar os “elementos da natureza” e também, os da nossa natureza, pois correr é uma prova que nos coloca dificuldades físicas e psicológicas que cada um procura gerir da melhor forma…
Em cima da Ponte, correram-se cerca de 4 Kms, ainda muito compactos pois os atletas da Mini Maratona lá nos iam passando.
Depois, o momento em que nos dividimos e a partir daqui (no IC2), já com menos gente, cada um vai encontrando o seu ritmo e gerindo o seu esforço. Corri muitos quilómetros sozinha (melhor dizendo, sem uma cara conhecida por perto!) e aos 38 minutos de corrida, cruzei-me com o grupo de atletas que vinha na frente (já eles iam para lá…). Claro que muitos quilómetros nos separavam mas nada que “atrapalhasse” o meu ritmo pois sei bem, quais as minhas capacidades e nada de exageros!
Finalmente o retorno (cerca dos 10,5 Kms) e agora, já eu ia para lá… cruzando com muitos atletas que estavam atrás de mim… Ainda deu para ver a Sónia que pela 1ª vez, correu a Meia Maratona. Força Sónia!
Entretanto, “apanhei” a Fátima e fomos juntas uns tantos quilómetros… puxando uma pela outra.
Mais à frente, começamos a correr ao lado dos participantes na Mini Maratona e de vez em quando, lá se descobria no meio da multidão, mais uma t-shirt rosa e claro, algumas palavras de incentivo acrescentaram mais um pouco de energia, quando ainda faltavam aí uns 6-7 Kms.
Na passagem pela Gare do Oriente, aos 17 Kms, com a Meta ali tão perto (e tão longe ainda…), aqueles 4 Kms que faltavam, foram mesmo longos e duros de correr: algumas subidas (e descidas) e o calor, bem necessitava de um “segundo fôlego” que veio da alegria (antecipada) que sinto quando consigo superar as minhas dificuldades e as “dores” de uma corrida!
Os últimos metros, naquele percurso empedrado, são terríveis para os pés e pernas e o meu receio era o de alguma queda ou entorse, por isso, lá fui com algumas cautelas…
A Meta à vista, a respiração já um pouco ofegante, as pernas periclitantes, (não sei onde vou arranjar pernas e fôlego para o meu próximo objectivo - a Maratona), mas enfim, a alegria de terminar, de re-encontrar alguns colegas de Equipa e de partilharmos as nossas “dores”, mas já com os olhos (e as pernas) postos na próxima Corrida…
Para a Liliana e para a Sónia que se estrearam na Meia Maratona, as minhas felicitações “especiais” e que esta seja, a 1ª de muitas outras Meias Maratonas que faremos por aí…
Este ano, com a participação de tantos atletas e ainda, com os patrocínios que tivemos, conseguimos angariar 2968 € que irão ser aplicados em algum equipamento para a Unidade de Neonatologia e este, será o resultado visível de mais uma participação de cada um de NÓS neste evento desportivo e da nossa solidariedade, para com os OUTROS.
Até à próxima… e termino, partilhando convosco, as palavras que Dean Karnazes (ultramaratonista que nos EUA, correu 50 maratonas em 50 dias e que conheci na Meia Maratona do Porto), escreveu no seu livro “50/50 Quem corre por gosto…”
““Never stop running! Always the best!” que na minha versão pode ser, “continuemos nesta saga, dando sempre o nosso melhor!”